quinta-feira, 16 de junho de 2016

CADA UM SE ARRUMA COMO PODE...

Hoje, praticamente todos os meios de comunicação, não se cansam de falar a respeito dos políticos e da crise moral que assola o país. Os delatores conversando com os juízes e promotores com uma naturalidade, e com uma empáfia que nos faz pensar como agiam quando libertos, e com uma conta vultosa para distribuir benesses para os seus comparsas.
E digo comparsas sem medo de errar. É só ver comportamento dos políticos, e imaginar o que fazem nas veredas e nos becos escuros dessa vida. Nos menos escuros também. Menos escuros e mais escusos. Estão fazendo às claras, como num bang bang das antigas. Promessas de entregas recíprocas, como se isso fosse bonito. “Se você me entregar, também te entrego”, ”“ Se cair, vou cair atirando”, e outras porcarias do gênero. Ninguém mais se respeita naquele contexto, todos parecem ter admitido que são culpados, e que isso é uma coisa puramente circunstancial. Onde já se viu, alguém ter de pagar para os políticos que os colocaram em cargos de chefia? Então sabiam que iriam lá para roubar, e mesmo assim foram. Pilharam o Brasil. Só se fala em milhões e não raramente em bilhões. Real ficou fora de moda. O negócio é dólar e euros. Que coisa maluca.E os políticos que escolhem a dedo seus comparsas para os cargos diretivos, preferencialmente aqueles que tem mais habilidade não para gerir o bem público, mas sim para digerir ( comer, engolir) o bem público.
Por outro lado, se olharmos para o dia a dia, ficamos igualmente decepcionados com as pessoas ditas comuns. É um tal de toma lá, da cá. De enganação, de apropriação de coisas alheias, de enganar o guarda, de passar com o sinal fechado, de estacionar onde não pode. De privilegiar a questão financeira sobre qualquer outra, isto é, venha a mim, e você que se exploda. É empregado logrando patrão, é patrão metido a sério, só pensando em lucrar com seus funcionários, ainda que os coloque em má situação, mesmo sendo nos finais de semana companheiro de festinhas e churrascos. São os alunos tentando enganar os professores, são professores fingindo que ensinam e as escolas fingindo que os pagam dignamente. São os motoristas que dirigem que nem uns malucos, fazendo de conta que não veem os demais motoristas, e que de qualquer forma querem levar vantagem. São irmãos fugindo de seus irmãos, com medo de ter de ajudá-los. São traições de homens, de mulheres, de filhos de mães, de ditos amigos. São os mercados subindo preços, quando faltam mercadorias, porque os produtores também sobem, e enfim o consumidor que se ferre. São policiais, juízes, promotores, desembargadores, fiscais e outros que tais, que se ajeitam como pode. São mecânicos enganando incautas consumidoras, trocando “rebimbelas e parafusetas” de veículos que há muito tempo deixaram de tê-las. São cartórios cobrando para “reconhecer firma”, e para distribuir ações no fórum, cobrando apenas por carimbar uma capa de autuação e encaminhar para uma Vara qualquer. Hoje, parece que está mais moderno. Estão cobrando por distribuição virtual. Têm veterinárias enchendo vira-latas de antibióticos, e de rações mais cara do que picanha. E por coincidência de um laboratório que lhe oferece “bônus anuais”. Médicos e dentistas não estão muito longe, com relação à indicação de laboratórios. Lojas de armas vendendo munição sem qualquer controle. Psicólogos malucos aplicando testes psicotécnicos para portes de arma, e carteira de motorista. Candidatos comendo comida de boteco, só antes das eleições. Reuniões de todos os tipos, sob todos os nomes, mas de verdade campanha eleitoral extemporânea. Construções irregulares em todos os lugares, abençoadas por alvarás concedidos, em troca de alguma vantagem. E assim vai. Vamos parar por aqui, deixando espaço para a colaboração dos amigos. Já que estamos em época de delação premiada, convoco a listarem atitudes cotidianas e que nos mostram exatamente para onde estamos indo, apenas a titulo de brincadeira, por que parece que não será nessa geração que conseguiremos dar um basta a isso tudo. Porém, aptemos que começar a mobilização, nem que comecemos  parando de dar aquela famosa desculpinha:  “ Me ligou, não vi. Nossa meu telefone tá uma droga. Essa Tim é f.....”


Nenhum comentário: